sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Regina Gomes.

Tema: Recursos para a redução do spread bancário que podem expandir o crédito no Brasil.

Ao contrário do que defende o presidente da Febraban – Federação Brasileira de Bancos, Fábio Barbosa, a redução dos impostos sobre a intermediação financeira e a criação do cadastro positivo não reduzirão o spread dos bancos brasileiros, uma vez que não são a principal causa da elevação do spread bancário, mas, sim, a inadimplência.

Essa redução de impostos, tais como o IRPJ- Imposto de Renda Pessoa Jurídica - e PIS/Cofins - Programa de Integração Social/ Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - é viável apenas para os bancos que, agindo de forma especulativa, estão utilizando a crise financeira internacional como argumento para a elevação das taxas de juros abusivas cobradas sobre o empréstimo.

Quanto à criação do cadastro positivo, este irá beneficiar apenas uma pequena parte do todo que compõe o grupo de clientes que efetuam empréstimos e não solucionará o problema da inadimplência, que engloba a grande maioria dos devedores, além de não contribuir também para a redução do spread.

Desta forma, para se chegar à redução do spread ou, pelo menos, minimizá-lo, faz-se necessário que os bancos não só reduzam suas taxas de juros como também repassem efetivamente essas diferenças aos seus clientes.

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